15 de julho de 2012

Feliz amor pra vida toda

    Mais uma vez aqui. Do início a todos os fins, sempre aqui. Eu e você, nós.  Como já era de costume, mais um aniversário à distância, mas com os corações bem juntinhos. Nosso tempo é outro, já estamos sós. O mundo, agora, é mero detalhe, hoje o dia é nosso. Todo o décimo quinto dia lembrará aquele 15 de janeiro. O primeiro décimo quinto dia da sua vida em que você deixava de ser apenas você para ser um par. Aquele dia em que eu deixava de ser eu para ser mais um. Aquele dia que jamais imaginaríamos, hoje, estar comemorando...
     Daquelas histórias longas e românticas, ora tristes ora engraçadas, somos mais um clichê! Sim, um clichê que só a gente sabe contar. Tudo foi conflituoso, em alguns momentos, para não parecer fácil demais. Doce em cada reencontro para não deixar de regar a sementinha, aquela que plantamos tanto tempo antes sem imaginar que ela teria raízes tão fortes a ponto de sempre nos fazer andar e andar e andar e, por fim... voltar. Não sei quantas vezes eu me perguntei se o nome disso era amor. Busquei encontrar essa resposta em alguns olhares, em alguns sorrisos, em alguns lugares...Arrisquei grandes amigos, corri alguns riscos, entendi a vida, entendi você, entendi tudo. A resposta ? Sim, eu encontrei.
    Erros e acertos em uma história que se fosse perfeita estaria em um conto de fadas e não em um espaço  intangível de memórias. É ela que eu consigo descrever em detalhes sutis cada único momento e, mesmo que eu dispense todas as palavras do dicionário, conseguir fazer com que alguém possa ter noção da dimensão que é esse sentir e essa plenitude seria algo impossível. Talvez eu me renda à palavra dependência, mas não de modo maligno e autodestrutivo, muito menos o de necessidade, e sim o de dependência livre. Sim, sou uma alma livre e completamente dependente...
   Completamente dependente desse sentimento que vicia. Completamente dependente desse ser que faz meu coração livre. Completamente dependente desses mimos, desses carinhos, dessas vontades. Completamente dependente dessas sensações e pulsações. Completamente refém de um amor sem precedentes. Completamente dependente dessa presença constante. Completamente dependente desse modo de pensar. Completamente dependente dessa imensa responsabilidade contida em tão poucos anos, mas que já somam algo mais que eu.
  Completamente dependente desse cheirinho de chocolate em caracóis negros. Completamente dependente dessa lealdade, fidelidade e cumplicidade. Completamente dependente das surpresas de última hora. Completamente dependente das madrugadas em claro. Completamente dependente das histórias que podemos contar. Completamente dependente desses 2.O35 dias de amor paciente. Completamente dependente das músicas no piano. Completamente dependente dessa maturidade e justiça. Completamente dependente das mãos que não me deixam cair e nunca me deixam desistir.
    Completamente dependente das marcas de felicidade espalhadas pela chão. Completamente dependente daquele pedaço de papel rosa com a frase mais linda que eu já li na vida. Completamente dependente daquelas chatices. Completamente dependente daquele rosto, daquele gosto, daquele beijo, daquele riso, daquela pele, daqueles olhos. Completamente dependente da admiração que tenho. Completamente grata ao destino ou seja lá o que for que me fez voltar a estar completamente completa...



"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine. 
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 
 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 
 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 
 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 
 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 
porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; 
mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. 
Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 
 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. 
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor."
(I Corintios 13)

4 de julho de 2012

Untitled


É sempre assim, depois que tudo acaba a gente dá um jeito de refazer a vida e aprende a conviver com a ausência daquela pessoa. Dói um pouco no início, alguns lugares sempre vão te lembrar daqueles momentos, aquelas músicas sempre vão te fazer chorar, até o dia em que você nem se dá conta de que não pensa mais nela. Às vezes, nem é porque você quis esquecer, mas sua vida se encarregou de te ocupar de tantas formas e tudo passou a ser mais importante do que ter tempo para sentir saudade.
Eis que um dia, daqueles que não são comuns; daqueles em que por alguns instantes seu tempo se fez livre; daqueles em que em meio a tantas tarefas e obrigações, tantas leituras e compromissos, um sonho te faz perder o equilíbrio. Sim, um sonho. Freud explica dizendo que os sonhos nada mais são do que aqueles desejos reprimidos os quais não temos coragem de pôr em prática e, se você não põe, seu inconsciente vai lá e “plin” faz tudo para você.
Pode ser irreal, mas você consegue ver aquela pessoa, tocá-la, olhar nos olhos dela e seu coração, aquele cerne descontrolado, acelera tal qual o dia em que vocês trocaram aquele primeiro beijo. Pouco importa onde vocês se encontraram. Na praça? No parque? Na chuva? Era noite? E se você não lembrar? Mas quem esquece? O orgulho esquece, mas a memória... Ah, essa é uma artista! Ela consegue te convencer de que tudo está em paz até que, em um dia incomum, ela te traga de volta todas as lembranças que você nem sabia que ainda estavam guardadas.
Mas, o dia é longo, você tem sempre um milhão e meio de coisas a fazer. Pessoas falam com você a todo o momento e sua concentração precisa estar em ordem para atender ao que cada um lhe pede. Então, é hora de ir a algum lugar, um lugar que você vai todos os dias, mas nem lembrava mais que vocês enquanto eram dois viviam por ali, trocando declarações ali justamente naquele lugar por onde você passa todos os dias preocupada com o que deve fazer depois que chegar em casa, pensando na vida ou em qualquer outra coisa, menos: nele!!!
Você passa, olha, não o vê, mas consegue projetar naquele lugar todas as vezes em que vocês estiveram ali em uma questão de segundos, e... não é que de repente a música “de vocês” começou a tocar? Sem perceber, você deixou escapar aquela lágrima que o orgulho te fez guardar por todo esse tempo. Um  lágrima que guardava tanto aperto, tanta dor, tanto rancor.
Todas as dúvidas voltam à tona, mas elas já não querem respostas, elas só querem paz. Elas só querem voltar a se ocupar de tantas outras coisas a ponto de não conseguir mais ter um segundo de tempo livre para pensar em nada ou... em tudo! Um sonho, uma palavra, um lugar e você simplesmente perde a razão. Se você acreditava dessa vez estar fazendo o certo, parabéns, pode ter certeza de que você não tem certeza de mais nada. Absolutamente... NADA!
                      
Fonte Imagem garotacrescida.blogspot.com
                                      
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...