15 de janeiro de 2011

O sabor da vingança - Parte IV

      Pouco mais de um ano. Foi esse o tempo que Victória esperou por seu amor. E ele apareceu, ou melhor, reapareceu. Lucas voltou para a vida dela, de uma forma inesperada. Victória sentiu no peito uma explosão de sentimentos que jamais sentira antes, nem por Pedro. Era um misto de amor, carinho, companheirismo, cuidado e atenção. Era uma vontade de estar perto, de abraçar, de beijar, de tocar, de nunca mais ficar longe. Era amor de verdade.

      Ela percebeu que algo entre eles estava diferente. Ela, bem mais segura e madura deu a ele a segurança e certeza que os dois precisavam. Voltaram e se encontraram no momento certo. Victória percebeu com Lucas que sempre se iludiu com relação ao amor, na verdade ela nunca o sentiu de verdade e que esse sentimento era bem mais do que ela pensava. O amor estava ali, na sua frente transpondo empecilhos, palavras e leis.

    Lucas não estabeleceu regras, não criou barreiras, não impôs nada, não proibiu. Deu à ela toda a liberdade que ela precisava e ganhou respeito sem pretensões. Foi natural. Foi verdadeiro. Foi intenso. Victória se deu conta de que amor não era ciúme, era carinho. Amor não era briga, era cumplicidade. Amor não era ameaça, era proteção. Amor não era uma prisão, muito menos um jogo. Amor era a liberdade que fazia do seu coração a presa mais fácil do mundo, mas só para Lucas.

     Victória estava apaixonada, pode-se dizer que, verdadeiramente apaixonada. Pela primeira vez ela não se sentiu ameaçada, ela não sentiu medo, ela foi loucura e lucidez. Victória estava mais uma vez, namorando e por mais que essa palavra a assustasse antes, o sentimento que ela agora carregava no peito a fazia cada dia mais forte, mais mulher, mais viva dentro de si. Lucas a trouxe de volta à vida, resgatou sua essência mais nobre e a fez a mulher mais feliz do mundo.

   Pedro acompanhava de perto a felicidade da ex-namorada, que pela primeira vez, teve coragem de enfrentá-lo por alguém. Ele sabia o que Lucas estava representando na vida de Victória, sabia que precisava fazer alguma coisa para impedir a felicidade dos dois e roubar Victória de uma vez por todas de qualquer ameaça. Mal sabia ele que, Victória já não era sua há muito tempo, e que o coração dela, enfim, havia encontrado a paz que precisava. Ela estava plena, completa e feliz, e Pedro inquieto continuava a arquitetar planos para tê-la de volta.

     Quatro anos de namoro com Lucas, e o coração de Victória ainda palpitava a cada palavra que ele dizia. Os dois se amavam de verdade e isso era inegável, eram cúmplices e pertenciam um ao outro, nada nem ninguém foi capaz de abalar o relacionamento deles. Eles cresceram juntos, vibraram com as conquistas juntos e Victória tinha certeza de que Lucas era o seu verdadeiro amor.

     Lucas era romântico, carinhoso e convidou Victória para ir ao seu apartamento. Um jantar feito por ele. Como era o aniversário de quatro anos de namoro dos dois, ela imaginava que fosse um jantar de comemoração entre ele e ela, só não esperava encontrar seus pais e os dele no apartamento. Ele escolheu o melhor vinho, o melhor prato e fez a noite de Victória ser marcada com um pedido de casamento. Ela chorou de emoção, sorriu de alegria, o beijou como nunca e disse o que seu coração gritava sempre, por qualquer pedido de Lucas: "SIM, eu aceito.".


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