6 de fevereiro de 2011

Ah, o amor...

Ele é capaz de mudar uma rotina, transformar pessoas, balançar grandes estruturas e, na maioria das vezes, consegue derrubá-las. Um coração rígido, enferrujado e triste, pode se tornar o mais mole, bobo e frágil do mundo. Quanta vulnerabilidade! O ser humano é capaz de controlar tantas coisas: A hora certa de acordar para trabalho, o número exato de papéis, a data de vencimento das contas, o valor exato dos lucros, a quantia certa para os gastos, a roupa adequada para cada ocasião, senhas de acesso, tantos números, tantas letras, tantas rotinas. 

O ser humano passa a vida toda se preparando para tomar precauções, inventando fórmulas para explicar os fatos. Tudo sempre tão costumeiro, que acaba caindo na monotonia. Mas se todas as coisas estão sob controle, o que acontece com o amor? Como explicar o que é? Como explicar a sensação que ele traz? Será que ele é igual para todos?

Por mais que seja um conceito conhecido por muitos, é uma sensação experimentada por poucos. O amor é aquele elemento capaz de quebrar todas as regras, capaz de mudar algumas pessoas da noite para o dia, capaz de curar, restaurar, salvar. O amor é aquele que faz as mãos tremerem sem parar, o coração pulsar a mais de 100bpm, que nos faz esperar incessantemente, diariamente sem cansar. É aquele que renova o nosso ser a cada abrir e fechar de olhos, a cada sorriso, a cada gesto, a cada olhar. O amor é um sentimento livre, vivido por dois e nunca a dois. É, isso mesmo, cada um vive um amor distinto do outro, cada um vive um amor dentro de si, mesmo que o outro seja o culpado pelo despertar desse sentimento.

Mesmo que tentemos descrever, nunca conseguiremos, as palavras são tão simples e o amor é tão indescritível, tão heterogêneo e tão envolvente que, mesmo que utilizássemos todos os adjetivos bonitos dos maiores e melhores dicionários do mundo, não conseguiríamos descrevê-lo em sua plenitude, por ser o paradoxo mais excitante de se viver. O amor é tão perfeito que sabe bem a hora certa de apenas ser. Ser exatamente tudo aquilo que precisamos, o amor sabe suprir todas as nossas carências e nos dar coisas que nunca imaginaríamos precisar um dia.

Lidar com o amor não é uma tarefa fácil, é difícil entender que, assim como tudo na vida, o amor precisa de tempo exato para acontecer. Algumas vezes o amor precisa amadurecer e esse amadurecimento é que precisa ser a dois. A grande diferença do amor para as atividades cotidianas é que, o tempo dele não está sob o nosso controle. Ele acontece quando quer, onde quer e com quem quer. O amor não nos dá opção de escolha, ele se impõe, e o pior de tudo é que, aceitamos sem reclamar.

A beleza do amor está na capacidade que ele tem de ser livre, e poder se instalar no coração alheio sem pedir licença, sem pudor algum e sem receios. A beleza do amor está na capacidade que ele tem de despertar a insanidade boa que existe em cada um de nós, em despertar a coragem para entender e lutar por algo que queremos, o amor não espera, nem depende de nada, ele tem coragem e força de sobra para conseguir o que deseja, nem é feito de remendos, ele é inteiro, completo. Todavia, apesar de ter o seu tempo, o amor, bem mais que o nosso tempo, é que cura todas as feridas. É um remédio bem mais eficaz, experimente!
             
                          
          
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...