17 de dezembro de 2011

O meu primeiro amor eterno...




     Pouco mais de um ano e tantas histórias vividas, tantas lágrimas derramadas e tantos risos. Muitas tristezas e alegrias. Muitas lições de vida. Muitos amigos. Muitos leitores. Aqui, eu registrei algumas histórias reais, tentei descrever o meu sentimento mais bonito e traduzi a dor. Confesso que escrever nunca foi fácil, afinal, eu sempre estive ali, em cada personagem, em cada fala, em cada linha, em cada verso, em cada palavra. Tudo não passou de mim, simplesmente.
        A imaginação falou baixinho, mas criei histórias com as quais até eu me emocionei. Escrevi linhas diretas e indiretas, usei metáforas, troquei nomes, preservei identidades e contei. Chorei e fiz chorar. Falei o que não deveria falar. Fiquei feliz e mostrei ao mundo. Sem querer, eu tratei de temas universais. Ou melhor, de um tema universal: O Amor. Falei do meu e acabei atingindo pessoas que sentiam ou sentiram como eu.
      Pessoas. É impossível não agradecer hoje e sempre às pessoas que me motivaram a escrever esses textos e àquelas que foram as responsáveis pelo nascimento de meus versos. Foram inspirações, negativas ou positivas, mas inspirações. Vida. Como não agradecer àquela que é responsável por me fazer ter mil experiências por dia e me fazer melhor a cada instante? Foi e sempre será a vida a eterna responsável pelas linhas que produzo.
       O Entreletras começou sem pretensões, tomou proporções que eu nunca imaginei alcançar. Graças a ele, eu conquistei leitores, amigos, a confiança e credibilidade de pessoas maravilhosas que eu quero levar no coração e na vida por muito tempo. Nele, eu postei o que e quando queria, o que gostava, pra quem quisesse ler, pra quem quisesse ver. Coloquei minha alma, coloquei meu coração, me pus inteira e de tão completo o blog se fez transparente.
        Por não conseguir separar o autor do eu - lírico, eu me sufoquei. Eu sempre quis falar do meu e não de mim, mas hoje, isso vem sendo indissociável. Talvez por todas as experiências vividas nesse ano, eu ainda seja frágil e vulnerável o suficiente pra não mais conseguir escrever em terceira pessoa. Egoísmo? Não. Egocentrismo? Não. Algo que transpõe tudo isso, isso sim.
        Mudei. Mudamos. Eu e o Entreletras. E é por isso que hoje estamos aqui, anunciando o fim desse ciclo da vida. A história que motivou o início, por ironia do destino, é a mesma que determina o fim. Não por imposição, mas por vontade própria de reescrevê-la sobre uma nova folha de papel de seda, e não sobre esses borrões tristes que se tornaram meus versos platônicos e felizes.
      Em um ano, eu tratei de recordações, tratei de presente, de felicidade, de fins e de memórias angustiantes. Escrevi sonhos, escrevi planos, desenhei caminhos, visualizei o pote de ouro, mas não o peguei porque ainda não cheguei ao final do arco-íris. Acredito. Acreditamos no regresso de linhas vivas e fortes, tão fortes quanto as batidas do meu coração, alegre e pulsante.
     Entretanto, tais versos não mais serão descritos nesse espaço. O Entreletras se despede, aqui, hoje, de seus leitores, de seus amigos blogueiros, dos maiores incentivadores e dos amigos conquistados ao longo de seu um aninho (e uns trocados) de vida. Agradece por cada comentário, cada divulgação, cada elogio e cada leitura. E avisa que não morrerá, pois, manterá em cada um que leu seus escritos a verdade do que é sentir, a verdade do que é amar...
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"Só não entendo como tiveste coragem de um dia deixar de  sorrir e encantar o mundo inteiro com teu riso (...) Vim pra te dar paz, pra te dar amor e saúde, e estourar champagne contigo, mocinha... Sou eu, o teu Dezembro."


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A vida me ensinou
A dizer adeus às pessoas que amo,

Sem tira-las do meu coração;

Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostra-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros .
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para “ver e ouvir estrelas”, embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.



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1 de dezembro de 2011

Doce Dezembro

            Ufa! A viagem foi exaustiva e demorada, mas cheguei. Me chamaste tanto que cheguei bem mais rápido do que nos outros anos. Sei que estás feliz em me ver, eu vejo o brilho dos teus olhos e esse palpitar acelerado do teu coração. Eu também fico feliz por ver o teu sorriso, tão lindo, sempre te disseram isso. Só não entendo como tiveste coragem de um dia deixar de  sorrir e encantar o mundo inteiro com teu riso.
        Vem, senta aqui, eu cheguei pra te fazer feliz e estar aqui pra você todos esses dias a partir de hoje, o chato é que eu vou ter que partir hora ou outra, mas eu acabei de chegar, ainda temos tempo e eu ainda tenho tanta coisa pra te contar. E você? Me disseram que você andava triste e eu juro que não acreditei. Deixaste em algum momento de ser aquela menina doce que eu deixei quietinha e feliz, aqui? Feriste alguém? Sabia! Não terias coragem, és carinhosa demais pra isso.
           Eu prometo que vai ser bom, tão bom quanto todos os outros, esse vai ser melhor que o passado, mas te garanto que não vai chegar aos pés do próximo. Ei, eu tô aqui, e a gente vai ter um milhão de estrelas pra contar, uma milhão de histórias pra lembrar...Tudo bem, então deitamos na beira da praia e só contamos as estrelas, tá bom?
          Vim pra te ver crescer mais um pouquinho. Não sabes o quanto é bom voltar aqui e ver a mulher que estás te tornando. É, tornando. Ainda não estás madura o suficiente, sabes disso, mas sabes, também, que estás no caminho certo. Vim pra te lembrar que alguém te amou mais que tudo e morreu por ti, não esquece ele nunca, ainda mais nessa época, né? Lembra sempre do perdão e do amor que ele tanto falou.
         Vim aqui pra te dedicar meus dias até o vigésimo sétimo, e então deixar que os outros te mimem, te beijem e te abracem por alguns minutinhos ou horas, vim pra te fazer receber aqueles telefonemas que te fazem chorar, pra te ver fazer cara de boba com as surpresas, pra te ver voltar a ser menina por alguns instantes. Minha menina!
         Eu vim pra te fazer refletir sobre teus erros, mas te dar de presente um ano novo cheio de novos dias pra não cometeres de novo os mesmos enganos. Vim pra te dar paz, pra te dar amor e saúde, e estourar champagne contigo, mocinha... Sou eu, o teu Dezembro.



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