
Eles estavam cada vez mais próximos, ela sentava na areia só pra ficar perto dele, e o admirava por horas a fio, ele por sua vez, fazia com que as ondas lhe beijassem os pés, lhe presenteava com conchinhas e estrelas-do-mar, ela sorria e seu pensamento sempre parecia flutuar. Naqueles momentos não existiam palavras, o mundo era mero detalhe, a perfeição maior estava contida nos olhos e no coração.
Não existia mais nada que os separasse, perto dele ela se sentia segura, ele havia se tornado o seu companheiro mais fiel, nunca a deixava sozinha, pouco importava se ela estava de jeans e camiseta, de vestido ou de shortinho, ele sempre lhe beijava os pés.
Como estava cada vez mais encantada, achava que sempre havia de estar mais próxima a ele, até o dia em que resolveu abraçá-lo, ela se despiu, pois queria sentir no corpo inteiro os beijos que ele lhe dava, e foi ao encontro de seu amado.O mar estava agitado, e aos poucos era como se ela e ele fossem um só, as ondas a cobriam e descobriam, como em um jogo de esconde-esconde, ela parecia gostar daquilo, sorria como uma criança, acompanhava o vai e vem das ondas, fechava os olhos, não sentia o tempo passar, a magia daquele momento parecia que jamais teria fim, sonhava.
O mar se acalmou, ela perdida em extremo fascínio, não percebeu o momento em que ele deixou de tocar seus ombros, as ondas em fúria viraram marolas, devagar ela se deu conta de que o vento soprava sobre o seu corpo despido, ela sentiu o frio que a noite carrega consigo,olhou para o horizonte e não mais viu o sol, o céu estava negro como os seus olhos e o mar já não lhe abraçava como antes, ela não conseguia mais vê-lo, apenas o ouvia, e o sentia tão distante que ao dar um passo para tentar encontrá-lo, sentiu um ardor terrível nos pés e tropeçou, caiu sobre pedras que machucaram seu corpo inteiro, clamou pelo mar e ele não veio ao seu socorro, ela sentia frio, medo, insegurança e dor.
Entre uma queda e outra, ela conseguiu chegar a um lugar menos perigoso, sem pedras, mas naquela escuridão era impossível achar suas roupas e voltar pra casa, melhor seria ficar por ali e esperar o amanhecer, acabou adormecendo.Acordou, coincidentemente perto de suas vestes, com beijos que não eram desconhecidos. Era o mar, parecia que ele pedia desculpas por tê-la magoado, ele estava mais lindo do que nunca, o sol o iluminava de forma tão bela que o seu azul parecia mais brilhante, ela o olhou e não mais sorriu.
Dessa vez, chorou. Chorou porque acreditou e confiou nele, achava que ele a protegeria e estaria ao seu lado como sempre estivera, mas nem os melhores beijos e beleza do mar foram capazes de curá-la naquele momento das dores que sentia e do sangue que a revestia. Ela sentiu no peito um sabor amargo, a solidão lhe invadia a alma e seu coração naquele momento sangrava mais que o seu corpo...Ela se foi, com aparência de quem não voltará jamais.
Eu CRAVEEEI! Ponto! (A)
ResponderExcluirExcelente texto, só pra quem consegue ler as entrelinhas... Seja de que jeito for. Ótimo!
(f)
oi
ResponderExcluirDeivid david
ResponderExcluirFiquem ligados nos lançamentos do livro diário de um artilheiro
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirTodos votando no artilheiro para representante de turma
ResponderExcluirTodos votando no artilheiro para representante de turma
ResponderExcluirArtilheiro o livro será lançado em 32 de dezembro de 2020
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