22 de outubro de 2010

O sol, o verso e a minha lei



    O sol, o verso e a minha lei

   Nesta Terra que planta e morre e nasce a planta outra vez
De coroa perolada, o auto da embriagues
Se me serra a viagem, traga a serra de uma vez
Meu baião descompassado que o vento já me fez

Se o Senhor do sol, destino, meu destino em uma lei
De fazer chuver o sertão nos pingos de quem não se fez
Me encareça a sentença que o Diabo me fez ver
Velhos versos de um cordel na cadeira de meu bem
 
Que me rasque o véu do céu
Entre o laço e o forte Deus
Do mais puro destempero que o tempero já me deu
Entre o céu, inferno e a terra
três razões e um só Rei
e no ventre de minha menina: o sol, o verso e a minha lei

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A última postagem dessa semana de homenagens do Entreletr@s, espero que gostem! O homenageado é André Butter, na verdade a homenageada sou eu por ter alguns dos versos dele aqui. Ele é um dos poucos que tem a minha confiança plena, uma pessoa companheira, amiga e sem dúvida nenhuma, muito especial para mim, o músico que me trouxe um pouco mais de cultura, e que me fez ser um pouco mais livre de mim mesma. Se não fosse por ele, talvez eu nunca soubesse o quanto às vezes eu sou "vaga", "subjetiva", "metafórica" e "pouco incisiva" (rsrs.). Obrigada Sr.Butter, por isso e por seus versos. Te adoro.

Um comentário:

  1. Agradeço ! Bem pelos versos que habitam nessa música percebes que em matéria de metáforas, vagos e subjetivos estamos perdidos entre uma multidão ! Obrigado por ter carinho por esta canção.

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