28 de outubro de 2011

Amor mendigo

Ando distraída de meus passos,
Tua marcha, agora, é minha alvorada.
Não te culpo,
Posto que minha seja toda a culpa
Por amar-te sem medida e,
Minha vida já não existe distante da tua.

Ando apaixonada, simplesmente.
E de meus versos exala um quarto do amor
Que me sufoca a alma.
Amo-te tanto que,
Deixar-te livre é o mesmo que sofrer,
Entretanto, como prender um beija-flor
Que de minha água doce jamais bebeu?

Tu me destróis em cada gesto,
Mas os faz tão delicados,
Que tua simples passagem já colore o meu dia.
Esperar-te-ia dias, meses, anos,
Toda a minha vida,
Posto que grande e quente como sol é o meu amor
e nunca há de esvaecer.

Amo-te sem esperar de ti um riso,
Um afago, ou uma flor sequer,
nem esperar ser lembrada, se um dia você resolver partir.
És meu laço, meu riso, meu fato.
          Se vivo, é por meu sangue ser teu amor e,
Por ser meu olhar mendigo de teus passos,
De teus gestos, de teus abraços.

                                        Raíssa Bahia

Fonte imagem: jjuh.tumblr.com


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4 comentários:

  1. E olha que nem gosto de poesia, mas sempre existem as exceções.

    Sutil a nova cara do blog ;)

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  2. Acabaste de descrever como eu to me sentindo *-*

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  3. Incrível. Lindo poema.

    Às vezes basta simplesmente ter a pessoa que se está gostando no campo de visão de seus olhos, para que o coração sinta, e somente ele sente. E aí você se pega sonhando acordado. E pensando quando não deveria.
    "Sim....você está apaixonado."

    Uma boa semana.

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