12 de novembro de 2011

Amor de Caixinha

E de repente eu sinto que só o vazio me completa, quem inventou o amor não avisou que ele dói tanto quando acaba. Que difícil ter que me acostumar de repente sem você. Quando decidimos ficar juntos foi uma decisão justa, era um momento nosso, foi por querermos. Agora vais embora, assim de repente e eu tenho que dar meu jeito de me acostumar sem você. Se eu soubesse que seria assim, eu não teria te entregado a minha alma, o meu amor e,principalmente, a minha caixinha.
É, só você sabe o que tinha na minha caixinha, eu te pedi pra cuidar, lembra? Eu não preciso dizer em que estado você me devolveu. Não te ensinaram a ter cuidado com as coisas dos outros? Não se tira do lugar a caixinha de ninguém sem comprometer-se a cuidar dela com todo o zelo como se fosse sua pra sempre, por toda a sua vida.

“hoje, cuidar do teu coração é o mesmo que cuidar do meu
te ver bem é me ver bem
tua felicidade é a minha
te quero bem o quanto eu quero bem a mim
nessa caixinha não tem só um coração... tem dois em um,
e o meu, nas tuas mãos, nunca foi tão bem cuidado...”

Um dia você me disse que me cercou, me prendeu, me acorrentou e me deixou em prisão perpétua, que era o mais feliz e mais completo, me pediu pra sonhar com você, me pediu pra jamais largar a tua mão, disse que quando ferisse curaríamos juntos, disse que eu era teu presente, o maior de todos, o melhor de todos, que nossos corações jamais se separariam.
Limites? Me fizeste acreditar que não teríamos. Eu tive certeza de que nada nos atrapalharia, que o teu amor era maior que o meu, e que ele era todo, inteiro e incondicionalmente meu, planejamos natais e dias comuns, disse que teríamos uma história linda pra contar, que eu era o amor de sua vida, que por mim acordarias às 6h da manhã sem reclamar.
Ouvi você dizer que eu era a segurança que você não tinha, a coragem que você não conseguia, o sentimento que você nunca imaginou ter e isso tudo era pleno, honesto e recíproco. Te ouvi dizer que eu era a rainha dos teus pensamentos, a rainha da tua vida...
E de todas as tuas promessas, espero que ao menos aquela em que te pedi para nunca esquecer o quanto te amava, seja cumprida. Disseste exatamente assim: “Nunca vou esquecer, nem se eu perder a memória, meu amor. És a minha vida.” 

Fonte imagem: http://carolamontoro.blogspot.com


"Quando se entrega a sua caixinha a um ser único no mundo, ela passa a ser dele pra sempre..."

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5 comentários:

  1. Certamente não há nada pior do que emprestar nosso coração a alguém e esse alguém nos devolvê-lo partido. Com os terminos o que findam não são só os relacionamentos, findam também os sonhos construídos juntos ao certo alguém.Se dar conta que tudo era uma farsa dói de tal maneira que nos deixa estáticos.E nas noites em que conseguimos finalmente dormir em meio aos prantos, de repente acordamos na madrugada e os pensamentos retornam de tal modo que parecem machucar mais ainda.
    Vou parando por aqui,senão vou fazer um post sobre o teu post.
    Parabéns pelo texto,linda!

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  2. Apesar dos textos serem lindos, torço do fundo do meu coração que não sejam autobiográficos, que tenhas lindo um conto de Caio Fernando ou Martha Medeiros e a inspiração surgiu, assim, de repente...

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  3. Sinto muito em te decepcionar, Renan. É a vida, e somente ela, que me ensina a escrever assim...

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  4. Difícil.
    Mas sempre existe o risco de alguém não cuidar da forma correta o que damos a outras pessoas. Ainda mais quando é nossa "caixinha".
    Nem todo presente é aceito. Infelizmente.

    Mas tenho certeza que toda caixa ainda pode guardar algo, mesmo que esteja quebrada, suja ou mal cuidada.

    Uma boa semana.

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  5. Tem sim! Tem seu toque de emoção, sentimentos refinados, doces, meigos, carinhosos... Algo bem comum, entre os fantásticos seres que habitam este planeta e deixam extasiados os demais que não conseguem expressar em palavras, apenas observam e aplaudem incrédulos obras de arte, tão comuns que... onde estão mesmo?

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